O presidente brasileiro, Michel Temer, voltou a cometer uma gafe ao lado de um chefe de Estado nesta segunda-feira (21). Durante sua fala antes do almoço oferecido pelo governo brasileiro no Itamaraty para seu homólogo paraguaio, Horácio Cartes, o mandatário confundiu o Paraguai com Portugal ao falar sobre a Constituição nacional.
"Na nossa Constituição, existe um dispositivo especial que determina que toda e qualquer política pública do país se volte para a integração latino-americana de nações. Portanto, quando fazemos isso, fazemos pelo apreço que temos na relação Brasil e Portugal, mas também fazemos por fruto de uma determinação constitucional", disse ao seu colega de Mercosul.
Essa não é a primeira vez que Temer erra em um discurso oficial. Durante sua visita à Noruega, o mandatário disse que se encontraria com o "rei da Suécia" e que visitaria o "Parlamento brasileiro" ao invés do encontro com os políticos noruegueses.
Já durante um vídeo gravado em meio às reuniões dos líderes das 20 maiores economias do mundo, o G20, em Hamburgo, na Alemanha, Temer afirmou que seu governo fez "voltar o desemprego" no Brasil.
O encontro: em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Temer e Cartes reiteraram os compromissos "com os valores democráticos e com o Estado de Direito, a proteção e a promoção dos Direitos Humanos, a paz e segurança regional e internacional e o desenvolvimento socieconômico da América do Sul".
Os dois líderes ainda se comprometeram com o respeito ao Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, ressaltando a importância do cumprimento do pacto.
Já sobre o Mercosul, ao qual ambos fazem parte, os "Presidentes reiteraram seu firme compromisso com o Mercosul, destacando que seus objetivos devem favorecer o aprofundamento da integração econômica, a consolidação da democracia e o respeito pelos direitos humanos".
O documento ainda faz menção sobre a crise político-econômica da Venezuela e os dois líderes reiteraram "seu pleno acordo com a decisão de suspensão da Venezuela, adotada por consenso dos Estados Partes, no marco do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul".