Em PE, Dilma e Lula cumprem agendas no território de Campos

14 jun 2014 - 00h28
(atualizado às 00h34)
<p> Dilma e Lula realizaram ato político em Pernambuco, território do ex-governador do Estado e presidenciável Eduardo Campos</p>
Dilma e Lula realizaram ato político em Pernambuco, território do ex-governador do Estado e presidenciável Eduardo Campos
Foto: Anderson Stevens / Futura Press

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizaram, nesta sexta-feira, um ato político em Pernambuco, território do ex-governador do Estado e presidenciável Eduardo Campos (PSB). Amigo declarado de Campos, o ex-presidente ouviu do deputado federal João Paulo (PT), pré-candidato ao Senado, que o ex-governador parecia não gostar de Lula e do PT por tantas criticas que faz a Dilma, após desembarcar do governo federal.

“Não ajudei Eduardo só porque gosto dele. Tratei ele (Eduardo) como tratei Jarbas Vasconcelos (PMDB), que foi mal tratado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também não tratou bem o avô dele, Miguel Arraes”, declarou Lula, evitando criticas mais duras ao conterrâneo, que foi chamado de “traidor” pela militância presente no ato, que contou com a presença de cerca de 3 mil pessoas. 

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Após defender o governo Dilma das vaias que ela recebeu, na última quinta-feira, na Arena Corinthians, na abertura da Copa do Mundo, e dos ataques que vem recebendo na pré-campanha, o petista alfinetou setores da sociedade que estariam incitando o ódio. “Essa campanha está correndo o risco de ser uma campanha violenta. A elite brasileira está conseguindo fazer o que nós nunca conseguimos: despertar o ódio de classe", afirmou Lula.

A presidente Dilma não criticou diretamente o adversário político e ex-aliado, mas não deixou de ironizar os opositores. “Nós respeitamos a dignidade. Uma política feita com projetos e propostas. Não destilamos o ódio. Acreditamos no povo. Essa é a nossa diferença”, disse Dilma, ovacionada.

A petista também fustigou a mudança de postura da oposição, que outrora criticava os programas do governo Lula e o do seu e agora assumem o valor dos programas sociais. “Eles agora mudaram um pouco a fala. É uma coisa estarrecedora. Eles foram contra as cotas, os Mais Médicos, o Bolsa Família e agora dizem que foram ótimos programas”, afirmou.

Dilma passou o dia no Estado em agenda administrativa. A presidente esteve pela terceira vez em Pernambuco, em 60 dias, enquanto o ex-presidente retornou ao Estado natal após três anos. 

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Após a plenária, os petistas se encaminharam a um jantar reservado na casa do pré-candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife. 

Vaias

O ex-presidente Lula aproveitou a plenária e falou sobre as vaias que a presidente recebeu ontem durante abertura da Copa do Mundo, em São Paulo. O petista entregou uma rosa branca a Dilma e disse que as vaias foram “um ato de cretinice com o povo brasileiro”. “Dilma, você foi ao estádio ontem. Você viu que no estádio não tinha ninguém com cara de pobre, a não ser você?”, disse Lula. “Eu duvido que um trabalhador neste País tivesse coragem de falar 1% dos palavrões que falaram para você ontem”, completou.

Lula atribuiu os xingamentos à “elite” e disse que “educação não se aprende nas universidades, mas vem de berço”.

Mapa eleitoral 2014

Fonte: Especial para Terra
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