Durante uma semana tumultuada nas relações com o Congresso Nacional, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva destinou na terça-feira, 30, mais de R$ 1,7 bilhão em emendas para os parlamentares.
O governo está enfrentando momentos cruciais na Câmara dos Deputados, onde o Projeto de Lei do Marco Temporal foi aprovado, contrariando os interesses do Palácio do Planalto.
A expectativa é que nesta quarta-feira, 31, os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado votem a Medida Provisória da Esplanada, projeto considerado prioritário pelo governo já que trata da definição da estrutura e organização dos ministérios.
Essa liberação de recursos realizada em um único dia durante o governo Lula é a maior até o momento. No começo de maio, o governo havia empenhado R$ 700 milhões em um único dia, conforme informações divulgadas pelo O Globo.
Após a derrota na votação que derrubou os decretos de Lula sobre o Marco do Saneamento, o governo decidiu acelerar a autorização de pagamento.
A maior parte desses recursos foi retirada do orçamento destinado ao Ministério da Saúde. A liberação ocorreu dentro do prazo estabelecido pelo Fundo Nacional da Saúde, responsável pela execução desses pagamentos.
Nesta quarta, o presidente Lula teve uma reunião com seus principais líderes no Congresso e os ministros da Casa Civil e das Relações Institucionais, Rui Costa e Alexandre Padilha, respectivamente.
Após o encontro, o presidente entrou em contato com Arthur Lira, presidente da Câmara. Durante a conversa, de acordo com informações de pessoas próximas ao parlamentar, Lira expressou preocupações com as dificuldades na articulação do governo.