Em vídeo com tom de campanha, Ciro elege Lula como alvo

Em nova peça produzida pelo marqueteiro João Santana, presidenciável critica gestão do ex-presidente

4 mai 2021 - 16h59
(atualizado às 17h06)

Em novos vídeos produzidos pelo marqueteiro João Santana para o PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, apontado como candidato à Presidência em 2022, escolheu os ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) como alvos. "O Brasil era a sexta maior economia do mundo. Com Dilma virou a nona e com Bolsonaro a 12°. Precisa dizer mais?", disse o pedetista na gravação mais recente, que será divulgada nesta terça-feira, 4, nas redes sociais.

Em outra mensagem, o ex-ministro disse que Lula "deu pouco para os pobres e muito para os ricos". As gravações foram divulgadas nos canais do ex-presidenciável e do PDT no momento em que Lula está em Brasília para se reunir com lideranças de vários partidos.

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Os vídeos fazem parte da estratégia de Ciro de se apresentar como uma opção à esquerda do PT no debate eleitoral. "O governo Lula deu pouco para os pobres, e muito para os ricos. Como o Brasil estava tão pouco acostumado a cuidar dos pobres, o pouco que Lula cuidou, pareceu muito", disse o ex-ministro. Em outro trecho, o pedetista afirmou que "como o Brasil estava há séculos acostumado a dar muito para os ricos, ninguém percebeu nem estranhou que um governo dito de esquerda fizesse isso também."

Ex-ministro Ciro Gomes, apontado como candidato à Presidência em 2022, grava vídeo criticando Lula
Ex-ministro Ciro Gomes, apontado como candidato à Presidência em 2022, grava vídeo criticando Lula
Foto: Reprodução / Estadão

Ex-marqueteiro do PT, Santana foi contratado para produzir uma série de comerciais em clima de campanha, nos quais Ciro fala com os "desassistidos" e "inconformados" sobre emprego e outros temas. Os vídeos são de curta duração, cerca de um minuto cada.

Santana coordenou as campanhas vitoriosas de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e de Dilma Rousseff em 2010 e em 2014. Em 2017, o publicitário foi condenado na Operação Lava Jato a uma pena de 7 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro.

Após um acordo de delação premiada, cumpriu cerca de um ano e meio em regime fechado diferenciado - em que ficou em recolhimento integral domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Em seguida, passou para os regimes semiaberto e, depois, para o aberto.

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No final do ano passado, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Santana avaliou que a candidatura de esquerda com maior chance de ser eleita seria uma chapa encabeçada por Ciro com Lula como candidato a vice.

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