As maiores empreiteiras do País serão investigadas pela Polícia Federal em 23 inquéritos abertos na Operação Lava Jato. A polícia suspeita que repasses feitos por elas a uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef tenham sido usados no pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a publicação, o suborno serviria para o acerto de contratos superfaturados na refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída pela Petrobras em Pernambuco. O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o superfaturamento na refinaria chegou a R$ 1,32 bilhão até 2010.
Segundo o jornal, os 23 inquéritos foram abertos a partir de dois documentos da Operação Lava Jato - um laudo da PF com 17 empresas que fizeram depósitos na conta da MO Consultoria, firma de fachada do doleiro, e um manuscrito encontrado pela polícia que liga 13 fornecedores da Petrobras e aponta a disposição de seis desses em contribuir com campanhas políticas.
Com base nos relatórios da investigação, a MO Consultoria recebeu R$ 89,7 milhões de contratados e subcontratados da Petrobras, recurso considerado propina. Entre as empresas que fizeram depósitos à MO, estão o Consórcio Rnest, a Galvão Engenharia, a Construtora OAS, a OAS Engenharia e também a CNCC, que fez pagamentos diretos de R$ 29,2 milhões ao doleiro.