Empresário preso pela PF na Operação Lesa Pátria é filho de ex-prefeito e já foi detido por embriaguez

Diogo Arthur Galvão, de 36 anos, foi preso nesta quinta-feira, 29, em Campinas (SP), suspeito de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro

1 mar 2024 - 14h06
Empresário Diogo Arthur Galvão, de 36 anos, foi preso nesta quinta-feira, 29, em Campinas (SP),
Empresário Diogo Arthur Galvão, de 36 anos, foi preso nesta quinta-feira, 29, em Campinas (SP),
Foto: Reprodução/Instagram:@diogoagalvao

O empresário Diogo Arthur Galvão, de 36 anos, foi preso nesta quinta-feira, 29, em Campinas (SP), suspeito de financiar os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Ele é filho de ex-prefeito e tem uma marcenaria familiar especializada na produção de móveis planejados na região. As informações são da TV Globo.

Segundo apurado pela emissora, o empresário foi preso preventivamente pela Polícia Federal no bairro Cambuí, e transferido para o Centro de Detenção Provisória de Hortolândia (SP). 

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Essa não é a primeira vez que Galvão se encontra sob investigação da PF por seu suposto envolvimento nas tentativas de golpe em Brasília. Em janeiro de 2023, ele já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão durante uma das primeiras fases da Operação Lesa Pátria.

Além das questões relacionadas à suposta participação nos atos golpistas, Galvão também tem um registro policial por condução sob efeito de álcool. Em 2019, ele foi detido pela Polícia Militar em Piumhi (MG) após ser flagrado dirigindo um veículo de luxo da marca Mercedes Benz, apresentando sinais de embriaguez.

De acordo com a denúncia do Ministério Público obtida pela Globo, o empresário foi abordado com cinco garrafas de cerveja vazias e um copo de vidro no interior do veículo, além de demonstrar sinais de embriaguez. Apesar da solicitação para realização do teste de alcoolemia, Diogo recusou-se e optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório policial.

Após ser levado à delegacia, Galvão pagou fiança e foi liberado. Entretanto, foi denunciado pelo MP pelo crime de embriaguez ao volante, aguardando o desfecho do processo judicial em Minas Gerais.

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Além disso, o empresário é filho de Argemiro Rodrigues Galvão, empresário e ex-prefeito de Santana da Vargem (MG) entre os anos de 2005 e 2012.

Nesta semana, Galvão publicou um vídeo do ato pró-Bolsonaro que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo, 25, e escreveu: "O Brasil vive"

No total, a PF cumpriu 34 mandados judiciais expedidos pelo STF. Desses, 24 foram de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. A ação aconteceu em oito localidades: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal. Os nomes dos alvos não foram divulgados pela corporação.

Na operação, também foi determinado o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados. De acordo com a investigação, a quantia dos danos causados ao patrimônio público pode chegar a R$ 40 milhões.

As medidas judiciais

  • 24 mandados de busca e apreensão: (8 - TO), (6 - SP), (2 - MS), (3 - PR), (1 - RS), (1 - MG), (1 - ES), (2 - DF);
  • 3 mandados de prisão preventiva: (1 - SP), (2 - DF);
  • 7 monitoramentos com tornozeleira eletrônica (1 - MS), (3 - PR), (1 - RS), (1 - SP), 1 - MG).

Crimes

Os fatos investigados na operação constituem, em tese, os seguintes crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado;
  • Associação criminosa;
  • Incitação ao crime;
  • Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

O Terra busca contato com a defesa de Diogo Arthur Galvão. O espaço segue aberto para manifestações.

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Fonte: Redação Terra
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