Entenda como foi o acidente doméstico de Lula, ligado à operação às pressas nesta madrugada

Segundo Hospital Sírio-Libanês, dores de cabeça sentidas pelo presidente nesta madrugada foram causadas por 'hemorragia intracaniana', relacionada, por sua vez, a acidente doméstico de 19 de outubro

10 dez 2024 - 07h44

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi operado às pressas na madrugada desta terça-feira, 10, após sentir dores de cabeça, informou um boletim divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Segundo a instituição, o procedimento guarda relação com o acidente doméstico sofrido pelo petista em 19 de outubro.

Pontos na nuca de Lula, decorrentes de acidente doméstico no domingo, 19 de outubro
Pontos na nuca de Lula, decorrentes de acidente doméstico no domingo, 19 de outubro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

"A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana" relacionada ao caso, diz o documento do hospital. O presidente está sob os cuidados de uma equipe liderada pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Na ocasião, Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada no final da tarde após retornar de São Paulo, onde havia participado de uma live com o deputado federal Guilherme Boulos, então candidato do PSOL à Prefeitura da capital paulista. No momento do acidente, o petista estava cortando as unhas do pé.

O presidente sofreu um ferimento corto-contuso na região occipital, ou seja, uma lesão com corte e contusão na parte de trás da cabeça. Após a queda, Lula foi levado para o Hospital Sírio-Libanês da capital federal. O local do acidente foi operado com três pontos.

O chefe do Executivo federal recebeu alta após a intervenção e, seis dias depois, participou da primeira agenda oficial após o acidente. Em 3 de novembro, Lula passou por um exame que constatou um quadro de "estabilidade" e assintomático.

A idade de Lula, com 79 anos, o coloca em um grupo de risco para a ocorrência de complicações decorrentes de uma queda, como sangramentos internos ou externos, formação de hematomas, hemorragias, edemas ou coágulos. É o que explica o neurologista Diogo Haddad, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Nessa faixa etária, o risco é elevado pela fragilidade óssea e por condições pré-existentes, como o uso de anticoagulantes, que reduzem a capacidade do sangue de coagular, dificultando o controle de sangramentos", explica.

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Pontos na nuca de Lula, decorrentes de acidente doméstico no domingo, 19 de outubro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão
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