Entrar nos EUA com documentos falsos é crime e pode levar a 10 anos de prisão

Suspeita de falsificação de carteira de vacinação contra a covid-19 recai sobre Jair Bolsonaro

3 mai 2023 - 11h33
(atualizado às 11h57)
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
Foto: Reuters/Adriano Machado

A falsificação de documentos para entrar nos Estados Unidos pode levar a dez anos de prisão em solo americano. Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Federal realiza uma operação que investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. A suspeita é de que os dados tenham sido forjados para a entrada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos EUA.

A identificação de documentos falsos é qualificada nos EUA como fraude, e podem acarretar em penas de até 10 anos de prisão. Inclusive, em 2021, o país incluiu na lista de documentos a certificação da vacina contra a covid-19. A obrigatoriedade da imunização contra a doença em solo americano é obrigatória até o dia 12 de maio deste ano.

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Conforme consta no site da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o benefício migratório não será concedido àqueles que usarem documentos fraudulentos para a entrada no país, e poderá ser imputadas multas e prisão. Os incidentes dessa natureza são analisados pela Justiça de acordo com as leis brasileiras e americanas.

Investigação no Brasil

A Operação Venire investiga supostas fraudes em carteiras de vacinação contra a covid-19. Nesta quarta, a Polícia Federal prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, os seguranças de ex-presidente, Max Guilherme e Sergio Cordeiro, além de João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, está o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu os celulares dele e da ex-primeira-dama, Michelle. Os celulares deles foram confiscados pelos agentes.

A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:

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• Jair Bolsonaro;

Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente; 

• Mauro Cid, além da mulher e filha dele.

A operação é deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos foram supostamente inseridos, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. 

Caso sejam confirmadas as suspeitas, os envolvidos podem responder por:

• crimes de infração de medida sanitária preventiva;

• associação criminosa;

•  inserção de dados falsos em sistemas de informação;

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• corrupção de menores.

Fonte: Redação Terra
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