Maduro não foi convidado para posse de Bolsonaro, diz Araújo

Durante a campanha, Bolsonaro buscou se posicionar como um opositor do governo de Maduro, em razão da histórica relação entre PT e chavismo.

16 dez 2018 - 11h03
(atualizado às 11h59)

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou neste domingo, 16, que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não foi convidado para a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, no dia 1º de janeiro, em Brasília. Na opinião de Araújo, "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia".

A declaração do futuro ministro foi dada em sua conta pessoal no Twitter. "Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse de Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela", ele escreveu.

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Maduro em declaração no Palácio Miraflores em Caracas
 12/12/2018   REUTERS/Marco Bello
Maduro em declaração no Palácio Miraflores em Caracas 12/12/2018 REUTERS/Marco Bello
Foto: Reuters

Durante a campanha, Bolsonaro buscou se posicionar como um opositor do governo de Maduro, principalmente em razão da histórica relação entre o chavismo e as gestões petistas. O presidente eleito costumava dizer que o Brasil não se tornaria uma Venezuela.

Quando assumir o governo, Bolsonaro terá de lidar com uma crise migratória envolvendo os dois países. Por causa crise econômica e política que vive a Venezuela, milhares de venezuelanos têm migrado para o Brasil, através do Estado de Roraima. Segundo projeção divulgada sexta-feira, 14, pela ONU, o número de imigrantes venezuelanos no Brasil deve dobrar em 2019 e chegar a quase 200 mil pessoas.

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