A apresentadora de televisão Angélica, mulher do apresentador e empresário Luciano Huck, afirmou que uma eventual candidatura do marido para a presidência da República é um "chamado". "Não posso dizer que acho muito legal Luciano sair candidato, não seria verdade, mas tem uma hora que você não está mais no controle. É uma espécie de chamado", disse em entrevista à revista Marie Claire.
O Estado mostrou que o nome de Luciano Huck é peça central na articulação de um grupo de políticos, economistas e representantes de movimentos de renovação para a construção de uma alternativa de centro diante do cenário de polarização da política nacional.
A agenda do grupo teria um viés liberal na economia e 'progressista' na área social. O movimento vem sendo reiterado por nomes como o economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e líderes políticos como o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung (sem partido) e o presidente do Cidadania, Roberto Freire.
Na entrevista, Angélica confirmou que as conversas para 2022 acontecem na sua casa. "As coisas estão tão loucas que essa cobrança voltou", afirmou, admitindo que a possibilidade de ser primeira-dama a assusta. "Nunca pensei nisso, mas seria uma honra". Ela disse que, no Brasil, a política "dá medo". "Mesmo sem ser candidato, Luciano já apanha de todos os lados".
Angélica afirmou que o casal já está acostumado com fake news, mas de um "jeito menos sujo". Na visão da apresentadora, ela e o marido teriam mais a perder do que ganhar, mas que não vai se opor a uma candidatura de Huck.
"Acredito na capacidade de trabalho e no olhar para o outro que ele tem. Mas é uma escolha minha? Acho muito legal? Não posso falar isso porque não seria verdade (risos). Teríamos mais a perder do que a ganhar. Mas estamos em um momento tão louco na política que não quero, jamais, ser egoísta e leviana de impedir algo nesse sentido. Jamais falaria 'não, você não vai'. Jamais", contou.
Perguntada se o País estaria melhor caso Huck tivesse se candidatado em 2018, Angélica disse não poder afirmar que ele seria o "salvador da pátria" e que aquele momento não era o mais adequado. "Acredito muito nele e no quão genuína é sua vontade de ajudar, mas não sei se o Brasil estava preparado e se ele estava preparado para o Brasil que pegaria. Essas coisas têm a sua hora", disse.