O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seguirá internado no Hospital Sírio-Libanês, mas deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Agora, o petista é submetido a cuidados "semi-intensivos", informa um boletim médico divulgado pela instituição na manhã desta sexta-feira, 13. "Segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores", complementa o documento.
Esse é o mais recente informe divulgado pela equipe médica que cuida do presidente. De acordo com os médicos, Lula estava com um hematoma de três centímetros na parte lateral do crânio e precisou drenar os fluídos que causavam uma hemorragia no local. O procedimento é denominado de "trepanação". Apesar do diagnóstico de "hemorragia cerebral", não foi localizado qualquer dano no cérebro em si.
Segundo o boletim divulgado na manhã de quarta, 11, Lula "evoluiu bem" ao pós-operatório. Na quinta, 12, Lula passou por uma nova cirurgia, descrita pela equipe que cuida do presidente como um "sucesso".
Segundo a equipe médica, o procedimento de urgência ao qual Lula foi submetido guarda relação com o acidente doméstico sofrido pelo presidente em 19 de outubro.
Na ocasião, Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada no final da tarde após retornar de São Paulo, onde havia participado de uma live com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), então candidato a prefeito da capital paulista. No momento, o petista estava cortando as unhas do pé.
O chefe do Executivo federal foi encaminhado ao hospital e recebeu alta no dia seguinte. Seis dias depois, participou da primeira agenda oficial após o acidente.
Como apurou o Estadão, Lula se queixou de indisposição e de dores de cabeça durante seus compromissos na segunda-feira, 9, e foi internado após julgar a dor como insuportável.