O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que ficou surpreso com a descoberta do sangramento na cabeça e a necessidade de fazer uma cirurgia de emergência para drenar o hematoma na cabeça. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, o chefe do Executivo Nacional afirmou que, durante todo o período de monitoramento do acidente doméstico que sofreu no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro, achou que "estava fora de perigo".
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Ele disse ter percebido a gravidade do quadro clínico depois de ter passado pelos primeiros exames de imagem, ainda em Brasília, depois de sentir dores nas pernas, costas e na cabeça. "Estava com dor de cabeça, mas achei que era o sol. Não levei muito a sério", disse o presidente.
Sobre o diagnóstico, Lula falou que ficou preocupado: "Fiquei preocupado porque, afinal de contas, a cabeça é a parte mais delicada. Eu achei que estava fora de perigo, isso é a verdade. Achei que estava fora de perigo porque a última ressonância que eu fiz mostrava que estava diminuindo a quantidade de líquido na minha cabeça. Mas era engano meu."
O presidente recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, neste domingo, 15. O presidente estava internado desde a última terça-feira, 10. Embora tenha compromissos de governo em Brasília, Lula deverá ficar na capital paulista até a próxima quinta-feira, 19, quando passará por uma reavaliação, segundo o médico pessoal do presidente, Dr. Roberto Kalil Filho.
Ao Fantástico, o médico do presidente disse que ‘corria o risco de acontecer o pior', já que se tratava de sangramento na cabeça. Lula será monitorado ao longo da semana pela equipe médica do hospital, e as atividades físicas, por enquanto, estão proibidas. Como o próprio presidente afirma estar bem, a rotina de reuniões poderá ser retomada.
"Vou ficar até quinta-feira [19], porque eu tenho que fazer uma nova tomografia. E eu quero fazer no mesmo lugar que fiz as outras. Aí, eu vou para Brasília para trabalhar normalmente", declarou o presidente.