O pré-candidato ao governo de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD-SP), disse na terça-feira que seu partido pode desistir de lançar o seu nome em troca de uma composição com o PSDB, do governador Geraldo Alckmin, ou com o PMDB, de Paulo Skaf. O ex-prefeito da capital afirmou também que "não teria nenhum problema em ser vice" do tucano, que concorrerá à reeleição. "Queremos candidatura própria, mas existem, sim, entendimentos (com outras siglas). Eu não teria nenhum problema em ser vice do governador Geraldo Alckmin. Ele é uma pessoa digna. Se em alguns momentos divergi dele, em outros, convergi", colocou. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Para Kassab, uma eventual aliança com o PSDB no maior colégio eleitoral do País não fragilizaria seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e alegou não haver "incompatibilidade" em apoiar PT e PSDB. "Todos os partidos fazem alianças. Nós não podemos ter uma amarração de cima para baixo por conta dos compromissos eleitorais firmados em 2010 por líderes que se filiaram ao PSD e que vão ser respeitados. Em 2018 quero que todos os Estados tenham candidatura", afirmou. Kassab deu as declarações durante sabatina promovida pela Folha e o UOL, ambos do Grupo Folha, em parceria com o SBT e a rádio Jovem Pan.
O ex-prefeito atribuiu a desaprovação de sua gestão à eleição de 2012. "Numa cidade como São Paulo, quando o prefeito não concorre e você tem sete candidatos na oposição, você tem ressaltados os problemas da cidade", disse. Kassab insinuou que a comparação com a gestão de Fernando Haddad favorecerá sua reavaliação e disse que o petista mostrou "poucos resultados". "Estou preparando dentro do partido uma equipe para que, a partir de janeiro, a gente possa começar a comparar os resultados", garantiu.