Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro foi intimado pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 21, para depor sobre as mensagens de WhatsApp reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo. Ele chefiou o departamento durante parte do mandato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
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A esposa e o cunhado de Tagliaferro também foram intimados a prestar depoimentos, conforme informou o Uol. Na suposta troca de mensagens, assessores do gabinete de Moraes usavam vias não oficiais para contatar ex-auxiliares do TSE e solicitar relatórios para embasar decisões do inquérito das fake news.
Na última segunda-feira, 19, Moraes abriu o inquérito 4972 sob sigilo. O site do STF não informa quais são os crimes a serem investigados ou se há relação com o caso das mensagens.
Após a publicação inicial sobre as conversas, Moraes garantiu durante sessão do STF que não se preocupa com o vazamento e que não há nada a esconder.
"Nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa ou a lisura de nenhum dos procedimentos. Não há nada a esconder. Todos os documentos oficiais juntados, a investigação correndo pela Polícia Federal. Todos eram investigados previamente, e a procuradoria [estava] acompanhando", explicou.