Um mês após ser contratado em empresa do Banco do Brasil, Anderson Braga Dorneles, ex-braço direito de Dilma Roussef no Palácio do Planalto, assinou um acordo na Justiça que reduziu em 93% uma dívida que tinha com a instituição desde 2016. Assim, o valor a ser pago despencou de R$ 228.732,71 para R$ 15 mil, que pode ser pago em até 10 parcelas. As informações são do Metrópoles.
A dívida era referente a um empréstimo no valor de R$ 149.148,44, que deveria ter sido pago em 96 prestações. Dorneles foi processado pela instituição em 5 de novembro de 2018, quando a dívida já chegava a R$ 202.210,99.
Ainda segundo o portal, em 15 de agosto, Dorneles foi contratado como diretor de Relações Governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos do Banco do Brasil e da Cielo.
Dorneles trabalhou para Dilma durante 20 anos, incluindo também o período em que ela foi presidente do Brasil. O braço-direito de Dilma também tentou emplacar uma carreira política em 2022, mas não conseguiu ser eleito deputado federal no Rio Grande do Sul pelo Avante, partido ao qual se filiou em 2018, após deixar o PT.
Ao jornal, a assessoria de comunicação da Cateno afirmou que “a negociação é direito de todo cidadão e o percentual de descontos aplicados é determinado pelo banco credor, seguindo suas políticas e critérios”.
Já a respeito da indicação de Anderson à Cateno, o Banco do Brasil informou que “a seleção de executivos nas empresas nas quais tenha participação é técnica e respeita os acordos de acionistas dessas empresas e suas governanças”.