Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres segue preso em uma sala dentro do 4° Batalhão de Polícia Militar (Guará), em Brasília. Desde sábado, 14, detido no local, nesta quarta-feira, 18, vieram à tona informações sobre onde ele está acomodado.
Um relatório obtido pela TV Globo indica que Torres dorme em uma cama beliche, em uma antessala. No espaço há ainda um sofá com assento rasgado, uma mesa, quatro cadeiras e armários.
O documento revela que há um espaço adjacente, ao qual Torres tem acesso, com um frigobar à sua disposição. O espaço poderá receber ainda televisão e micro-ondas, já que houve essa autorização.
A sala acomoda também um banheiro de 1,5 metros por 2,5 metros, detalha o documento. A sala está isolada e tem policiamento 24 horas.
No relatório, promotores que avaliaram as instalações disseram ser "compatíveis" com uma sala de Estado-maior. Não há relatos de tratamento preferencial.
Atendimento psicológico e depoimento à PF
Na terça-feira, 17, Anderson Torres recebeu a visita de uma psicóloga. Segundo o jornal O Globo, fontes próximas ao ex-secretário o descreveram como “abalado” e “angustiado” desde que foi preso.
Já nesta quarta-feira, 18, Torres concedeu depoimento para a Polícia Federal.
O ex-secretário está preso por suposta omissão na segurança dos atos terroristas de 8 de janeiro, quando golpistas invadiram e destruíram prédios dos três Poderes na capital federal. Em sua defesa, Torres negou conivência com os ataques.