Facebook responsabiliza infratores por 8 de janeiro, se exime e diz que agiu para proteger eleição

Meta defende necessidade de regulação 'clara e consistente' das redes sociais; empresa que também é dona do Instagram e do WhatsApp divulga relatório antes de participar de reunião com presidente do TSE, nesta quarta

1 mar 2023 - 16h41
(atualizado às 18h09)
Extremistas invadiram sede do STF em Brasília no dia 8 de janeiro
Extremistas invadiram sede do STF em Brasília no dia 8 de janeiro
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Em relatório divulgado nesta terça-feira, 28, a detentora das marcas Facebook e Instagram, Meta, responsabilizou os infratores pelo ataque deflagrado no dia 8 de janeiro contra a praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo o conglomerado, a culpa pela destruição não cabe às redes sociais, mas, sim, a quem "infringiu a lei ao invadir prédios públicos".

Ao se defender, a empresa afirmou que "há anos" trabalha no combate ao discurso de ódio, incitação à violência e desinformação que circulam nas plataformas, de modo a demonstrar sua responsabilidade na proteção do processo democrático no Brasil nos meses anteriores e no dia do ataque. Em carta à Unesco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que os ataques golpistas foram organizados por meio de plataformas digitais e aplicativos de mensagens.

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"Desde o início da campanha eleitoral em 16 de agosto de 2022 até 8 de janeiro de 2023, removemos mais de 1 milhão de conteúdos no Facebook e mais de 960 mil conteúdos no Instagram por violações às nossas políticas de violência e incitação no Brasil", destaca o relatório, citando posts que pediam intervenção militar.

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