O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu para o gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os termos do acordo de delação premiada do empresário Lúcio Funaro para ajustes, informou nesta quarta-feira uma fonte com conhecimento do caso.
A colaboração de Funaro havia chegado na véspera ao STF para que Fachin homologasse ou não o acordo firmado desde a semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a fonte, não há detalhes sobre o que deverá ser ajustado no acordo porque todo o processo de delação corre, até o momento, sob sigilo.
A decisão de Fachin pode levar a um atraso na estratégia de Janot de usar as acusações feitas por Funaro em uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
A expectativa inicial era que a delação fosse homologada ainda esta semana.
Janot tem ainda três semanas à frente do Ministério Público Federal --será substituído pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge-- e deu indicações de que fará uma nova acusação contra Temer.
A Câmara barrou, no início deste mês, autorizar o Supremo a julgar uma denúncia contra Temer por corrupção passiva.