Febraban diz apoiar manifesto por harmonia entre Poderes

Entidade diz que não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que adiou a divulgação do documento

2 set 2021 - 21h15
(atualizado às 22h12)

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reafirmou nesta quinta-feira, 2, em nota, o apoio ao manifesto que pedia pacificação entre Poderes. No comunicado, a entidade das instituições financeiras procurou se desvincular da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, decidiu pelo adiamento do documento.

A Febraban destaca que a adesão ao manifesto "A Praça é dos Três Poderes" se deu em "um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no País".

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Bolsonaro cumprimenta militares durante cerimônia em Brasília
25/08/2021
REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro cumprimenta militares durante cerimônia em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A publicação do manifesto, prevista para terça-feira, 31, foi suspensa por Skaf - após conversar por telefone no fim de semana com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) - com o argumento de que era necessário mais prazo para que associações decidam pela adesão ou não.

Para a Febraban, "o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade", com um "pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa".

Bancos públicos

A entidade manifestou "respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto" e ameaçam deixar a Febraban.

"A Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto."

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O texto que circulou entre associações empresariais dizia que a harmonia "tem de ser a regra" entre os Três Poderes e que é "primordial" que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.

No documento, as entidades da sociedade civil dizem que "veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas". Afirmam que o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Judiciário e Executivo e que cada um atue com "responsabilidade nos limites de sua competência".

Leia a íntegra da nota divulgada pela Febraban

A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto "A Praça é dos Três Poderes", cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.

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A FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.

Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.

A FEBRABAN confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.

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