Feliciano denuncia à PF jovens com 'trejeitos homossexuais' em voo

Deputado disse que foi atacado por um grupo de jovens em um voo da Azul, que saiu de Brasília para Belo Horizonte

14 ago 2013 - 15h23
(atualizado às 17h39)
Manifestantes cantam Robocop Gay para Feliciano em avião
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O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSD-SP), envolveu-se em uma nova polêmica na semana passada em um voo da Azul Linhas Aéreas, que saiu de Brasília no dia 8 de agosto para Belo Horizonte (MG). Conhecido por suas posições consideradas racistas e homofóbicas, o evangélico denunciou à Polícia Federal (PF) na última terça-feira jovens que estavam no avião por supostas agressões. Em ofício enviado à PF, Feliciano disse que foi ofendido por rapazes "com trejeitos aparentes de homossexuais" e pediu a abertura de um inquérito.

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"Fui atacado por um grupo de rapazes que se portavam de forma deseducada e com trejeitos aparentes de homossexuais, com ataques a minha pessoa, inclusive, com contato físico me tocando, causando danos a minha pessoa, perturbando meu sossego. Ações desse tipo, em reação a minha atuação parlamentar, causam um grande mal à democracia em nosso País, e serve de mal exemplo para os jovens", afirmou o parlamentar no documento.

Após o incidente, Feliciano postou em sua conta no microblog Twitter que o grupo cantou a música Robocop Gay, da banda Mamonas Assassinas. Um assessor dele, que o acompanhava no voo, deu detalhes sobre o que considerou uma "falta de vergonha". "Sentamos e ficamos quietos, aí depois da decolagem, 2 deles vieram à nossa poltrona e cantaram a música Robocop Gay, dançando rebolando. Um deles com a câmera na mão filmava, enquanto o outro esfregava o bumbum no meu braço, e também o órgão genital, rebolando e cantando", afirmou o cantor Roberto Marinho.

"Para minha surpresa, os mesmos agressores, de forma acintosa, e certos da impunidade, postaram vídeo, gravado por eles mesmo na internet, vangloriando-se da agressão e citando a não ação da própria Policia Federal, como se vivêssemos num País sem lei, e que todos os passageiros do voo, seus tripulantes e o comandante fossem também obrigados a passar por esses riscos sem nenhuma reação das autoridades", concluiu Feliciano no ofício. A Polícia Federal não se manifestou sobre a denúncia.

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Fonte: Terra
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