Feliciano emprega pastores que não cumprem expediente, diz jornal

Parlamentar foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos

13 mar 2013 - 08h47
(atualizado às 08h48)

Eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos em meio a protestos que o acusam de "racista" e "homofóbico", o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem cumprir expediente em Brasília nem no escritório político em sua cidade natal, Orlândia (SP). A cúpula da Catedral do Avivamento, igreja fundada pelo deputado, ocupa cargos de assessoria parlamentar no gabinete de Feliciano há dois anos, com salários que chegam a R$ 7 mil. Os funcionários são os pastores Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira, que dirigem a igreja nas cidades de Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia, todas no interior paulista. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo

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A reportagem visitou as cidades nos últimos dias e identificou que esses pastores têm a missão de comandar cada templo da igreja do deputado, mas não cumprem trabalho legislativo. Segundo o regimento da Câmara, os assessores de confiança devem cumprir uma jornada de 40 horas semanais. Procurado desde o início da semana, o deputado não se manifestou. O pastor Wellington de Oliveira, funcionário da Câmara e que se apresenta como assessor de comunicação de Feliciano, disse inicialmente que os pastores tinham a função de recolher reivindicações e informou que os demais não estavam autorizados a dar entrevistas. Abordado no culto de segunda-feira em Ribeirão Preto, o pastor Joelson Tenório disse que, no cargo de assessor parlamentar, faz "trabalhos políticos" para o deputado Marco Feliciano. Procurados, os outros pastores não foram encontrados.

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Fonte: Terra
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