Feliciano minimiza PT na CDH e diz que Bolsonaro foi 'jogo de cena'

18 fev 2014 - 20h18
(atualizado às 20h28)

O ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou nesta terça-feira, através de seu Twitter - momentos após o PT garantir o comando da comissão, em um acordo com o PTB - que a bancada evangélica “esvaziou” a CDH de projetos polêmicos, e que a articulação feita por Jair Bolsonaro (PP-RJ) para assumir o lugar de Feliciano era “um jogo de cena”.

“Está muito engraçada a situação do PT sobre a CDHM. A liderança do PT não quer de jeito nenhum a Direitos Humanos. O PDT ficaria com ela, mas a exemplo do PP, o PDT negociou bem e no acerto ficou com a comissão dos Transportes, e o PT com a Direitos Humanos. Aos que acompanham o imbróglio com expectativa fiquem tranquilos! Esvaziamos a CDHM dos projetos polêmicos. E enquanto brigam pela CDHM já articulamos com os deputados evangélicos as comissões que estrategicamente devem ocupar e tudo isto sem abandonar a CDHM. Está tudo pela ordem. Mais engraçado ainda é ver um Porta dos Fundos fazer abaixo assinado contra Bolsonaro. Isso mostra que é um ignorante político! Rs. Não sabe o que é jogo de cena, ou sabe e faz o que sempre me acusou de fazer: quer aparecer”, afirmou o parlamentar em uma série de seis mensagens na rede de microblogs.

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Após Feliciano, PT assume CDH 

Por ter a maior bancada da Casa, o PT é o primeiro a escolher uma das 22 comissões para presidir em reunião de lideranças partidárias. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, foi a primeira a ser escolhida pelo partido. O partido ficará com as comissões de Seguridade Social e Família e a CDHM. Por uma imprevisibilidade na sequência de escolha de comissões, o PT cedeu a comissão de Viação e Transportes para o PTB durante reunião de líderes, enquanto os petebistas “seguraram” a CDHM para o PT.

Neste ano, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) articulava para tentar assumir a presidência da comissão no lugar de Feliciano. Criticado por suas afirmações consideradas homofóbicas, a possibilidade de o parlamentar assumir a presidência do grupo gerou protestos por ativistas ligados a direitos de homossexuais.

A escolha das comissões obedece uma ordem entre as bancadas. Depois de o PT escolher a CCJ, coube ao PMDB ficar com uma comissão, a de Finanças e Tributação. Logo em seguida, o PT optou por uma segunda comissão, a de Seguridade Social e Família, que trata sobre temas de saúde.

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Segundo o líder do PT, deputado Vicentinho (PT-SP), o PSB, que não havia participado de um acordo prévio entre os líderes, escolheu a comissão de Educação, o que causou tensão na definição. O PT, então, escolheu a comissão de Viação e Transportes, e o PTB, a CDHM. Os partidos, ao final da reunião, trocaram as presidências. Ainda não foram escolhidos os nomes dos deputados que vão presidir os grupos. 

Fonte: Terra
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