Feliciano: vou ouvir líderes, desde que não peçam renúncia

Essa foi a primeira entrevista que o pastor deu a jornalistas

3 abr 2013 - 17h12
(atualizado às 17h46)
<p>Marco Feliciano é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara</p>
Marco Feliciano é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse estar disposto a ouvir os apelos dos líderes partidários da Casa na próxima terça-feira, "desde que não seja (pedido) para renunciar, estou disposto a ouvir", afirmou Feliciano em sua primeira entrevista a jornalistas após encerrar uma reunião da CDH, na tarde de hoje.

Publicidade

"Fui convidado ontem, porque até então não havia sido comunicado formalmente, e vou levar aos líderes a pauta propositiva que estamos discutindo aqui", disse. Hoje, sem a presença de manifestantes, a CDH votou oito requerimentos, incluindo a formação de uma diligência com os membros da comissão - Feliciano, entre eles - para conhecer as condições em que se encontram os corintianos presos em Oruro, na Bolívia. Os 12 integrantes da organizada do Corinthians foram presos após a morte do jovem boliviano Kevin Espada, atingido por um sinalizador acionado pela torcida do Timão durante um jogo pela Copa Libertadores. 

Feliciano apressou-se em dizer que a viagem só vai acontecer após a reunião de líderes. "Quero ouvir os líderes de bom grado e embarcar na terça à noite ou quarta de manhã e, com a graça de Deus, trazer de volta pelo menos um dos torcedores que corre risco de vida por ter um problema renal", disse. A reunião foi adiada por conta da necessidade do presidente da Casa se ausentar. Durante esta semana, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se afastou das atividades parlamentares para uma operação de hérnia e deve retornar na próxima semana.

"Só sucesso"

Publicidade

A reunião de hoje foi restrita a deputados, assessores e jornalistas a pedido de Feliciano. Posteriormente, Feliciano colocou em votação na comissão a proposta de manter as próximas reuniões restritas à presença de jornalistas, deputados e assessores. A proposta foi aprovada pelos demais membros da CDH, embora não houvesse nenhum parlamentar opositor de Feliciano presente na reunião. "A reunião de hoje foi só sucesso", afirmou o presidente da CDH após o término da sessão.

Presença constante nos encontros da CDH, os manifestantes ficaram de fora do plenário nove, onde foi feita a sessão. No entanto, um telão foi instalado na sala em frente para que os interessados pudessem acompanhar. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) sugeriu que um representante dos manifestantes seja convidado a participar das audiências. "Estamos procurando os líderes dos movimentos para fazer a proposta", disse Feliciano.

Do lado de fora, os manifestantes por direitos humanos gritavam palavras de ordem e seguravam cartazes, exigindo a saída do pastor da presidência. Na reunião da semana passada, um manifestante foi detido pela polícia da Câmara após chamar Feliciano de racista. Ele prestou depoimento e foi liberado ainda na quarta-feira.

Fonte: Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações