Três dias depois dos atos pro-Educação, o festival Lula Livre não contou com a presença de partidos e não enfatizou bandeiras políticas da esquerda.
O evento marca a separação de ambas as pautas — uma contra a prisão do ex-presidente petista e outra contra medidas do governo Jair Bolsonaro, como o contingenciamento de gastos na Educação. Os protestos contra o corte, realizados na quinta-feira em todo o país, não levantaram a bandeira do "Lula Livre".
A organização de atos paralelos é uma estratégia da oposição para manter agenda de protestos pró-Lula sem que essa pauta isole quem não simpatiza com o ex-presidente da agenda anti-Bolsonaro. "São pautas diferentes, mas complementares", disse ao Estado Carina Vitral, presidente da UJS, braço jovem do PCdoB.
O evento é organizado pelo Comitê Lula Livre — que engloba partidos e organizações como o Instituto Lula —, em parceria com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
O festival teve início as 14h sob chuva fraca na Praça da República, no Centro de São Paulo, e lotou a área em frente à Secretária da Educação do governo de São Paulo. A PM não tem divulgado estimativa de público em protestos, mas a organização calcula que 20 mil pessoas passaram pelo evento à tarde.
Até 16h10, a reportagem não tinha registrado a presença de nenhum parlamentar, representante de partido ou político com mandato. Os protestos contra o contingenciamento na Educação também não contaram com a presença de lideranças partidárias.
O dia contará com a apresentação dos artistas Arnaldo Antunes, Thaíde, BaianaSystem, Emicida, Rael, Criolo, Nação Zumbi, Tulipa, Fernanda Takai, Aíla, Dead Fish, Chico César, Filipe Catto, Mombojó, Odair José, Otto, Junú, Everson Pessoa, Unidos do Swing, Francisco El Hombre, Slam das Minas, Bia Ferreira, Doralyce Soledad, Lirinha, Ilú Oba de Min, André Frateschi, Márcia Castro,Zeca Baleiro, Isaar, Junio Barreto, MC Poneis, Chico Chico e Duda Brack, Triz, Anelis Assumpção e Drik Barbosa.