O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou, em nota divulgada neste sábado, que pudesse promover um pacto com a presidente Dilma Rousseff, conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo.
“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas â Justiça. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”, afirmou o ex-presidente.
Fernando Henrique ainda criticou o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que os desmandos do partido levaram o País à crise moral e econômica. “Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o País à crise moral e a economia à recessão."
A Folha publicou que FHC em admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente Dilma Rousseff em busca de uma saída para a crise política e econômica do País. O tucano estaria se reunido com petistas e interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato.
O jornal afirmou ainda que o ex-presidente se manifestaria apenas após o dia 15, quando estão programados protestos pelo impeachment da presidente. A posição de FHC dependeria do impacto das manifestações e da eficiência da abordagem dos petistas. Segundo o jornal, a movimentação de FHC é acompanhada e avalizada por Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o jornal, o empurrão para a espécie de pacto viria de setores empresariais preocupados com a deterioração da situação do País.
A publicação afirma que a articulação para essa aproximação enfrenta resistência tanto no PT como no PSDB. Apesar das possíveis tentativas de pacto, FHC estaria magoado com o pronunciamento de Dilma que o responsabilizou pela crise da Petrobras.