O senador Flávio Bolsonaro (PL) acionou a Receita Federal para apurar detalhes da investigação do caso das 'rachadinhas' com o intuito de barrar o andamento das apurações, que o acusam de um suposto esquema de desvio de dinheiro público na época em que era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Segundo documentos obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo, a Receita mobilizou cinco servidores que, durante quatro meses, apuraram uma acusação de que dados fiscais de Flávio foram obtidos e repassados, de forma ilegal, ao Coaf. O documento de 181 páginas mostra que, de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, dois auditores-fiscais e três analistas tributários buscaram informações a partir de uma petição do filho do presidente.
Na petição, Flávio Bolsonaro pede uma apuração com "máxima urgência" sobre os dados de auditores que acessaram suas informações fiscais, bem como de sua esposa Fernanda, e de empresas relacionadas ao caso. O senador chega a ressaltar que quer acesso a "TODAS" as pesquisas que acessaram seus dados, não somente as que deram origem ao caso das 'rachadinhas'.
A apuração da Receita declarou ser improcedente a acusação de Flávio, ainda segundo a reportagem do jornal. Em nota de defesa, o senador nega que houve ilegalidade ou imoralidade na solicitação ao Fisco diante de "suspeitas de falhas e irregularidades internas".