Flávio Bolsonaro confirma reunião do pai com Marcos do Val: "Nenhum tipo de crime"

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que reunião de fato aconteceu, mas põe responsabilidade em Daniel Silveira

2 fev 2023 - 12h32
(atualizado às 12h41)
O senador eleito Flávio Bolsonaro durante sessão no Senado
O senador eleito Flávio Bolsonaro durante sessão no Senado
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO - 7/12/22 / Estadão

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, confirmou que o pai teve uma reunião com o senador Marcos do Val (Pode-ES) para tratar de uma tentativa de golpe de Estado, mas alegou que a situação narrada não configura "nenhum tipo de crime".

O senador admitiu que tinha conhecimento da reunião, mas colocou a responsabilidade da proposta no ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

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Durante a madrugada desta quinta-feira, 2, Marcos do Val afirmou que sofreu coação do ex-presidente Jair Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado. O episódio ocorreu durante uma reunião com o ex-presidente e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que tinha um plano para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de acordo com o senador.

Flávio Bolsonaro saiu em defesa do pai durante a sessão do plenário do Senado, nesta quinta. "O que eu peço é que todos os esclarecimentos sejam feitos, e não digo nem abertura de inquérito, porque a situação que foi narrada não configura nenhum tipo de crime", afirmou. "Ele (Marcos do Val) já havia me relatado o que tinha acontecido, que isso iria ser trazido a público, contudo, numa linha que essa reunião, que aconteceu, ela seria uma tentativa de um parlamentar de demover as pessoa que estavam nessa reunião de fazer algo absolutamente inaceitável, absurdo e ilegal."

Horas após a live em que falou sobre a tentativa do ex-presidente de envolvê-lo na suposta trama golpista, Do Val publicou um comunicado em sua conta no Instagram, afirmando que apresentaria sua renúncia ao cargo de Senador. Mais tarde, porém, Marcos do Val voltou atrás e afirmou que essa decisão ainda não está tomada. O parlamentar é aliado de Bolsonaro. Em julho do ano passado, ele afirmou ao Estadão que recebeu R$ 50 milhões do orçamento secreto por ter apoiado a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no cargo. "O fato é que dia 3 de dezembro o presidente Jair Bolsonaro deixou a Presidência", afirmou Flávio no Senado, em defesa do pai.

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