Flávio Bolsonaro nega favorecimento da Abin: "Tentativa de criar falsas narrativas"

Filho do ex-presidente diz em nota que se trata de uma estratégia para 'atacar o sobrenome Bolsonaro'

25 jan 2024 - 15h46
(atualizado às 16h19)
Flávio Bolsonaro nega favorecimento da Abin: "Falsas narrativas"
Flávio Bolsonaro nega favorecimento da Abin: "Falsas narrativas"
Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou nesta quinta-feira, 25, que tenha recebido informações que pudessem beneficiá-lo da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Em nota, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma que a alegação é uma "tentativa de criar falsas narrativas".  

A Polícia Federal acredita que a Abin teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua família. Segundo as investigações, relatórios da agência teriam sido compartilhados para subsidiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na investigação das "rachadinhas" e Jair Renan em inquéritos sobre tráfico de influência, estelionato e lavagem de dinheiro. 

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"É mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante meus 42 anos de vida. Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro", iniciou. 

"Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia", finalizou.  

Flávio também negou o suposto favorecimento da Abin em entrevista para a CNN Brasil e questionou a investigação. "Nunca recebi relatório de Abin, nunca foi beneficiado, nunca tive contato com ninguém da Abin em todos os meus 42 anos de vida [...] Para ele também é muita coincidência que no momento que ele começa a crescer nas pesquisas como pré-candidato a prefeitura do Rio de Janeiro que isso aconteça. Eu não quero acreditar que tá havendo alguma mistura eleitoral com essa situação".

Além disso, ele ressaltou que "tem confiança" que Ramagem não esteja envolvido no suposto esquema de espionagem. 

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Investigação da PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 25, operação para investigar suposto esquema ilegal de espionagem pela Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando a agência estava sob o comando de Alexandre Ramagem, agora deputado pelo PL-RJ. 

Ao todo, sete policiais federais que atuavam na Abin foram afastados de suas funções na PF suspeitos de atuarem em espionagem ilegal de políticos e autoridades públicas. A PF também cumpriu 21 mandados, além de medidas cautelares diversas. 

A determinação do afastamento dos agentes foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ministro retirou o sigilo da decisão que autorizou a operação da PF para apurar a suposta espionagem ilegal. Investigação aponta que ferramentas e serviços da Abin foram utilizados para monitorar ilegalmente governadores e até integrantes do STF.

Segundo as investigações, a Abin teria monitorado ilegalmente os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador Camilo Santana, do Ceará, hoje ministro da Educação do governo Lula, entre outras pessoas.

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Na decisão pelo afastamento dos agentes, Moraes determinou, entre outras coisas, a suspensão do acesso de todos os investigados à rede e sistemas da Polícia Federal, bem como a proibição de do acesso ou frequência a qualquer das dependências da PF. Os agentes também estão proibidos de manter contato com outros investigados e de deixar o Distrito Federal sem autorização da Justiça. 

Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF

Fonte: Redação Terra
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