O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que são falsas informações divulgadas pela revista Veja de que teria investido 9 milhões de reais em transações imobiliárias suspeitas quando era deputado estadual, e disse ser alvo de vazamentos ilegais de informações por autoridades.
Reportagem publicada no site da revista na quarta-feira afirmou que o Ministério Público do Rio de Janeiro apontou indícios de que Flávio tenha utilizado negociações de imóveis para lavar dinheiro entre 2010 e 2017. A suspeita foi apontada pelo MP ao solicitar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador, que foi concedida pela Justiça Rio de Janeiro.
Segundo os promotores, o então deputado estadual teria lucrado 3 milhões de reais em transações imobiliárias de 9 milhões de reais envolvendo 19 imóveis em que há "suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas", disse a Veja.
Em nota publicada no Twitter, o senador afirmou que "não são verdadeiras as informações vazadas na revista Veja acerca de meu patrimônio".
"Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça. Os valores informados são absolutamente falsos e não chegam nem perto dos valores reais. Sempre declarei todo meu patrimônio à Receita Federal e tudo é compatível com a minha renda", acrescentou.
O senador lamentou que "algumas autoridades do Rio de Janeiro continuem a vazar ilegalmente à imprensa informações sigilosas, querendo conduzir o tema publicamente pelos meios de comunicação e não dentro dos autos", e disse que ficará provado dentro do processo legal que jamais cometeu qualquer irregularidade.
Flávio Bolsonaro passou a ser investigado pelo MP após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas de seu ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Fabrício Queiroz. Também foram identificados depósitos suspeitos na conta do próprio senador.
Reportagem do jornal O O Estado de S. Paulo desta quinta-feira afirma que a quebra do sigilo de Flávio atinge também oito ex-assessores do presidente Jair Bolsonaro quando era deputado federal.
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