O filho "01" do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (Patriota), afirmou que o pai opta por não "dar visibilidade ao assunto" ao evitar comentar sobre o encontro que teve em março com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que afirma ter relatado ao presidente as suspeitas de irregularidade na compra da vacina indiana Covaxin. "O presidente não quer dar visibilidade para o assunto, ele está muito tranquilo e seguro, quem pode falar sobre o encontro é ele", disse Flávio ao ser confrontado com a lembrança de que Bolsonaro não desmentiu Luis Miranda até o momento.
Reafirmando que quem tem as respostas sobre a reunião de 20 de março é Bolsonaro, Flávio disse ainda que, pelo que sabe, o presidente não teria citado o nome do líder do governo, Ricardo Barros (Progressistas-PR), ao ouvir as denúncias de Miranda. "Não posso afirmar (se ele falou ou não o nome de Barros). O que eu saiba o presidente não teria falado isso (sic). Agora, ele que tem de responder, não sou eu", disse Flávio Bolsonaro em entrevista a jornalistas.
Sobre o depoimento à CPI da Covid de Luiz Paulo Dominguetti, que acusou o governo de oferecer propina em negociação de vacina, o senador afirmou que a expectativa é que, se houver problemas, ele entregue o nome e o "CPF" dos envolvidos. "Expectativa é que se tiver tido problema que ele fala quem são as pessoas, CPF, número, explique detalhes de como foi a negociação", disse Flávio, segundo quem, no entanto, a história seria "fantasiosa".