O projeto que prevê a instalação de bancos vermelhos em praças e outras áreas públicas - para incentivar a conscientização, a denúncia e o combate ao feminicídio - aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para virar lei. O texto, aprovado no Senado no último dia 10, recebeu uma emenda: de que os assentos fossem lilases, e não vermelhos.
A proposta de mudança no texto foi do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O parlamentar sugeriu a troca de cor para evitar associação com a ideologia política da esquerda, ligada à cor vermelha. O site do projeto define a iniciativa como suprapartidária e sem vínculos políticos. Procurado, o senador não retornou até o momento.
A bancada feminina da Casa convenceu o filho do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), a desistir da emenda, e ele retirou o destaque.
A campanha dos bancos vermelhos surgiu na Itália em 2016 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Os assentos contam com frases que estimulam a reflexão sobre a violência deliberada contra mulheres e os contatos a serem acionados em caso de emergência.