Flávio Dino diz que corrida presidencial 'acabou' e que atentar contra governo eleito é crime

Ministro da Justiça discursou durante homenagem às forças de segurança que atuaram para tentar conter atos terroristas em Brasília

13 jan 2023 - 12h11
(atualizado às 12h18)
Flávio Dino afirmou que mais prisões vão acontecer
Flávio Dino afirmou que mais prisões vão acontecer
Foto: Fátima Meira / Futura Press

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lembrou que a corrida presidencial acabou no segundo turno das eleições de 2022 e que atentar contra um governo legitimamente eleito é crime. A declaração foi dada em uma solenidade em homenagem aos profissionais de segurança que atuaram contra os atentados terroristas cometidos em Brasília, no domingo, 8.

"As eleições são periódicas e, por serem periódicas, são finitas. Pelo amor de Deus, acabou a eleição de 2022. Entendam definitivamente isto. E se preparem para a próxima. Haverá outra em 2026. E nós, os vencedores de 2022, se perdermos em 2026, vamos respeitar democraticamente o resultado, como respeitamos em 2018", afirmou Dino.

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Os ataques, protagonizados por bolsonaristas, levaram à depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

A homenagem inclui policiais militares e civis do Distrito Federal. Corpo de Bombeiros, Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Departamento de Trânsito (Detran), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) também serão reconhecidos pela atuação diante dos atos terroristas no Distrito Federal.

Dino também lembrou que atentar contra um governo democraticamente eleito é crime e deve ser punido conforme a Lei. "Atentar, almejar, destituir um governo legitimamente eleito é crime. Está na lei. Tentar restringir e impedir os poderes constitucionais é crime. Está no Código Penal. E friso: esta lei antecede ao nosso governo. Não fomos nós que patrocinamos essa lei".

Ao longo do discurso, o ministro também fez uma avaliação sobre a intervenção federal, assinada por Lula, na segurança do Governo do DF, que resultou no afastamento do governador Ibaneis Rocha do cargo.

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“A intervenção federal não foi um ato contra as corporações do DF, mas em apoio a elas a ao sistema de Justiça do DF. O que desejamos é que essa intervenção, como dito no decreto presidencial, seja temporária e mais breve possível. A União exige uma segunda palavra: justiça”, destacou.

Além do titular da pasta, estiveram presentes no evento o interventor federal da Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A cerimônia aconteceu no Auditório Tancredo Neves, no mezanino do Palácio da Justiça, em Brasília.

Fonte: Redação Terra
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