Flávio vai entrar com representação no MPF por vazamentos

Defesa do senador disse ter 'recebido com perplexidade' notícias de vazamento das peças e áudios de um procedimento que tramita sob sigilo

9 ago 2020 - 13h13
(atualizado às 13h25)

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) anunciou que vai entrar com uma representação nos órgãos de correição do Ministério Público Federal (MPF) pelo vazamento de informações de procedimentos judiciais em que o parlamentar é parte.

Senador Flávio Bolsonaro em Brasília
16/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Flávio Bolsonaro em Brasília 16/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em nota divulgada à imprensa, a defesa do senador disse ter "recebido com perplexidade" as notícias de vazamento das peças e áudios de um procedimento que tramita sob sigilo. Além da representação, a defesa de Flávio diz que não vai mais permitir registros audiovisuais durante as manifestações do parlamentar durante os procedimentos judiciais.

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Detalhes de investigações relacionadas ao senador foram destaque na imprensa durante a semana. Neste domingo, 9, o jornal O Globo mostrou que o senador pagou R$ 86,7 mil em dinheiro vivo por parte da compra de 12 salas comerciais no Rio de Janeiro. A reportagem do jornal teve acesso a depoimentos gravados de Flávio e de empreiteiros envolvidos na negociação.

Na sexta-feira, 7, foram revelados extratos bancários do ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, que comprovaram o depósito de 21 cheques, com valor somado de R$ 72 mil, na conta de Michelle Bolsonaro.

Confira a nota da defesa de Flávio Bolsonaro na íntegra:

A defesa do senador Flávio Bolsonaro tem recebido com perplexidade as notícias de vazamento das peças e áudios do procedimento que tramita sob sigilo, o qual é reforçado e afiançado às partes, pelos próprios membros do Ministério Público, ao início de cada ato processual.

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Em tendo sido provada a ineficiência do sigilo imposto judicialmente à investigação, esclarece a defesa que a partir deste momento não serão mais permitidos os registros audiovisuais do Senador durante as suas manifestações procedimentais, além do que ainda esta semana representará aos órgãos de correição do MPF para que apure a falta e o delito, se houver.

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