Flopou? Volta de Bolsonaro ao Brasil é ofuscada por nova regra fiscal do governo Lula, mostra Quaest

Divulgação da nova proposta econômica do governo teve 10 mil menções a mais que a volta do ex-presidente, que tem perdido protagonismo nas redes sociais

31 mar 2023 - 10h25
(atualizado às 10h41)
Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, acena no Aeroporto Internacional de Brasília ao retornar dos EUA
Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, acena no Aeroporto Internacional de Brasília ao retornar dos EUA
Foto: REUTERS/Ton Molina

O cenário político esperado para a última quinta-feira, 30, era o da polarização de narrativas. De um lado, o retornou ao Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma temporada de três meses nos Estados Unidos; e do outro, a tentativa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ofuscar o rival ao fazer a primeira aparição pública após diagnóstico de pneumonia. Levantamento da empresa Quaest mostra qual lado da polarização política alcançou melhor resultado.

De acordo com a empresa, com a divulgação do arcabouço fiscal, o governo obteve 10 mil mais menções que a volta de Bolsonaro, que alcançou aproximadamente 483 mil citações. Os dados também mostram que a maior parte delas (44%) foram negativas, um total de 213 mil.

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O algoritmo de classificação da Quaest mostrou ainda que o ex-chefe do Executivo teve 40% das mensagens positivas.

Além de ter alcançado um número menor de menções que o governo Lula, a chegada de Bolsonaro no País também atingiu um patamar menor do que outros episódios de grande repercussão envolvendo o ex-presidente. Segundo o levantamento, no dia 7 de setembro de 2022, ele mobilizou quase 680 mil menções, sendo 45% delas positivas. Na sua ida aos Estados Unidos, as citações chegaram a 520 mil, com 40% positivas. A pesquisa então conclui que Bolsonaro tem perdido protagonismo nas redes sociais ao mesmo tempo em que a comparação entre os eventos mostra um cenário de perda de volume de publicações sobre o ex-presidente.

O retorno de Bolsonaro

Bolsonaro retornou ao País com um discurso de líder da oposição, embora tenha contado com uma recepção aquém das expectativas no aeroporto de Brasília. Pouco tempo após desembarcar, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que os petistas "não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa Nação".

Lula escalou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para comentar o retorno do ex-presidente. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro "flopou", termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.

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A outra cartada do governo foi usar o mesmo dia de retorno do ex-presidente para apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos, que desde 2017 atrela o crescimento das despesas à inflação. A expectativa dessa nova medida era aguarda com grande expectativa pelo mercado.

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