Foragido por bomba em aeroporto afirma se esconder em fazenda de bolsonarista, diz jornal

Wellington Macedo disse que é inocente no caso e que se sente perseguido pelo Judiciário

26 abr 2023 - 09h40
(atualizado às 10h14)
Wellington Macedo usa tornozeleira de monitoramento eletrônico antes de entrevista coletiva do presidente do Partido Liberal do Brasil, Valdemar Costa Neto, em Brasília, Brasil, 22 de novembro de 2022
Wellington Macedo usa tornozeleira de monitoramento eletrônico antes de entrevista coletiva do presidente do Partido Liberal do Brasil, Valdemar Costa Neto, em Brasília, Brasil, 22 de novembro de 2022
Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

O blogueiro e influenciador Wellington Macedo, um dos réus acusados de tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília e que está foragido, disse que é inocente no caso e que se sente perseguido pelo Judiciário. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Macedo contou que se abriga em uma fazenda isolada de um empresário bolsonarista e não pretende se entregar à polícia. Ele está foragido desde dezembro do ano passado, após romper a tornozeleira eletrônica.

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"Eu não voltei mais em casa, fui para outra cidade. Estou numa fazenda de pessoas que conheci no acampamento [montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília após vitória do presidente Lula]. Estou bem isolado, estou longe", revelou, por telefone.

Macedo já atuou como assessor da então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro e hoje senadora, Damares Alves (Republicanos-DF). Ele foi preso em 2021 sob acusação de incentivar atos antidemocráticos no 7 de setembro e, depois de deixar a prisão, passou a usar a tornozeleira. 

Wellington Macedo de Souza foi assessor de Damares
Foto: Reprodução

No caso da bomba em Brasília, o blogueiro é acusado de ter dirigido o carro que transportou o explosivo até as proximidades do aeroporto. Em sua versão, no entanto, ele contou que foi procurado pelo também bolsonarista Alan Diego dos Santos e Sousa – um dos reús – no acampamento para uma carona e que não sabia da existência do artefato. Segundo ele, só quando se aproximaram do aeroporto, Sousa pegou a bomba que estava no banco de trás e colocou sobre um pneu de um veículo que estava estacionado. Macedo disse que teve medo de ser preso se avisasse a polícia sobre a bomba.

Ele e os outros reús, Alan Diego e George Washington de Oliveira, respondem pelo crime de explosão, com pena de três a seis anos de prisão e multa. 

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À Folha, o advogado de Macedo, Aécio de Paula, contou que protocolou uma defesa prévia na Vara Criminal do Distrito Federal. "A gente requereu a inépcia da denúncia. Entendemos que não é crime dar carona para alguém. O Ministério Público falhou em não individualizar [as condutas]", afirmou. Ele alegou ainda que os outros réus isentaram Macedo do atentado e que o seu cliente nem conhecia o empresário que providenciou a bomba.

Macedo ainda é investigado por participar das depredações em Brasília. Ele disse que apenas registrou imagens dos atos de violência e que não defende pautas golpistas. Além disso, afirmou que vai se afastar da política.

Fonte: Redação Terra
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