Força-tarefa vai investigar crimes da ditadura contra guerrilha do Araguaia

7 jan 2014 - 20h23

Uma força-tarefa do Ministério Público Federal começou nesta terça-feira a investigar os crimes cometidos pela ditadura militar contra a guerrilha do Araguaia.

As investigações terão um prazo inicial de seis meses, que poderá ser prorrogado, e seu objetivo é determinar responsabilidades penais sobre a aniquilação da guerrilha pelos militares.

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A Guerrilha do Araguaia foi um movimento que surgiu na década de 1970 para combater a ditadura militar. Mais de 40 anos depois muitos militantes que participaram da guerrilha ainda estão desaparecidos.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Estado brasileiro no final de 2010 como responsável pela repressão violenta contra o movimento, pelo desaparecimento de 62 pessoas, entre camponeses e militantes do Partido Comunista.

Existem duas denúncias do MPF contra militares relacionadas à guerrilha do Araguaia.

Os crimes contra os direitos humanos cometidos na ditadura militar (1964-1985) não foram julgados por causa da lei da anistia, promulgada em 1979, e que teve a validade confirmada em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal.

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