O ator Mário Frias, que hoje ocupa o cargo de secretário especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, foi às redes para atacar o humorista Marcelo Adnet, famoso crítico do atual presidente. O global fez uma paródia na plataforma digital GloboPlay do vídeo divulgado pelo governo em que Frias aparece, em tom ufanista, andando pelo Museu do Senado, em Brasília, em série chamada de 'Um povo heroico'.
No filme publicitário original, lançado pelas comemorações do 7 de Setembro, Frias circula entre peças de museu, como telas e bustos de figuras históricas da República, e consulta a antiga Constituição dos "Estados Unidos do Brasil". Em tom de conversa intimista, com apelo emocional da trilha sonora, o ator encara e desvia o olhar da câmera para interpretar um texto com trechos do 'Hino Nacional'.
"Garoto frouxo e sem futuro. Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula", afirma Frias, em post publicado nas redes sociais. O secretário de Cultura ainda lembra de um episódio em que Adnet traiu a ex-esposa, a também humorista Dani Calabresa. "Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter".
Na paródia de Adnet, Frias caminha pelo museu demonstrando desconhecimento sobre os símbolos da identidade do povo brasileiro, com um cartaz escrito "não sei quem é", usando o mesmo tom nacionalista utilizado no vídeo original. "Descobriremos juntos, como herois que somos, o que significa cada um desses símbolos da nossa cultura". O próprio Adnet ironizou o post de Frias:
Até o Secretário Frias recomendou no instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!
— Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020
Durante a quarentena, Adnet tem estrelado seu quadro 'Sinta-se em Casa', no GloboPlay, no qual tem feito sátiras políticas de personagens ligados ao governo, como o presidente Jair Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef, Fabrício Queiroz, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o ministro Paulo Guedes, entre outros.