O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 21, que não prendeu os invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro porque fazia 'gerenciamento de crise'.
Na quarta-feira, 19, Dias pediu demissão do comando do GSI após a revelação das imagens pela CNN que mostram o general circulando tranquilamente no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos extremistas.
O coronel argumentou que não tinha 'condições materiais' de fazer as prisões sozinho e que, em sua avaliação, houve um 'apagão' do sistema de inteligência. A falha, segundo o depoimento, estaria na 'falta de informações para tomada de decisões', segundo apurado pelo Estadão.
O coronel narrou ainda que um dos radicais estava 'altamente exaltado' e que entendeu 'não ser conveniente e seguro a prisão dos vândalos naquele momento sem planejamento e em razão dos ânimos exaltados e a presença e de famílias, idosos e crianças'.
Segundo documento divulgado pela Globonews, Dias disse no depoimento que estava no Planalto para retirar os invasores de lá. O ex-ministro afirmou que, sozinho, não teria conseguido prender os golpistas.
"Que o declarante não tinha condições materiais de, sozinho, efetuar prisão das 3 pessoas ou mais que encontrou no 3° e 4° andares, sendo que um dos invasores encontrava-se altamente exaltado", relatou o general à PF.