O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que a Polícia Federal aprofunde as investigações sobre o influenciador Bruno Aiub, o Monark, antes de decidir se o denuncia ou não pelo suposto crime de desobediência. O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 25,
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O requerimento foi expedido após a investigação finalizada indicar que ele continua propagando discurso antidemocrático nas redes sociais, mesmo depois de o STF determinar o bloqueio dos perfis de Monark nas plataformas.
"Vem desobedecendo, de modo reiterado, decisão judicial que lhe impôs medida cautelar de suspensão do direito de publicação, promoção, replicação ou compartilhamento de notícias fraudulentas", argumenta Gonet, que destaca ainda produção de 'conteúdo velado' em outros canais e perfis em redes sociais. "Como artifício ilícito para persistir na disseminação de afirmações inverídicas".
Na visão dao PGR, apesar de a investigação apontar 'indícios consistentes de materialidade e autoria delitivas', é necessário que haja esclarecimentos a respeito, e são necessárias medidas instrutórias complementares para o 'exaurimento da hipótese criminal e a formação da convicção ministerial'.
Entre os pedidos de Gonet, estão:
- Que todas as decisões determinadas à Monark sejam remetidas à investigação, assim como documentos conexos, de outros inquéritos em tramitação no STF;
- A coleta e armazenamento de vestígios digitais de Monark, com a adoção de procedimentos para garantir a cadeia de custódia das provas;
- A juntada de dados cadastrais e análise de conteúdo de todos os canais, perfis e contas bloqueados do influenciador;
- A informação sobre eventual adoção de diligências para confirmar reportagens que noticiaram o descumprimento de decisão judicial por parte de Monark.