Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) sugeriu em entrevista à Jovem Pan na segunda-feira, 13, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do Partido Liberal Valdemar Costa Neto "conversam bastante".
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A fala do chefe do Executivo estadual chamou atenção pela proibição que o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes impôs aos correligionários. Na entrevista, o governador elogiou a postura de Valdemar frente à presidência da sigla, e afirmou que ele está "amargurado" porque Moraes proibiu a conversa entre ele e Bolsonaro.
"Combinou com o Valdemar está combinado. E isso está faltando na política", disse. "Ele está armagurado porque o ministro Alexandre proibiu deles conversarem. Quando o presidente Bolsonaro está no escritório, o Valdemar está em outro lugar", completou.
Além de não poderem conversar, Bolsonaro e Valdemar precisam manter uma distância de 200 metros, por isso, ambos têm comparecido aos mesmos eventos em horários distintos para evitar o descumprimento do acordo.
"O nosso presidente Valdemar conversa muito com o 'presidente' Bolsonaro, que é nosso 'presidente de honra'. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala, para se ajudar mais. A democracia é o regime mais maravilhoso do mundo, mesmo meio atrapalhado", declarou.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes se deu no âmbito da Operação Tempus Veritatis deflagrada em fevereiro de 2024, que mira aliados militares e políticos de Bolsonaro. Entre os alvos de buscas estavam o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Valdemar Costa Neto foi preso por porte ilegal de arma, enquanto Bolsonaro teve o passaporte apreendido e foi proibido de deixar o país. Na mesma operação, Moraes determinou que eles não poderiam manter contato, além da determinação da distância de 200 metros.