Governador do Tocantins é alvo de operação da PF por suposto desvio de verba na distribuição de cesta básica na pandemia

Wanderlei Barbosa e outras 41 pessoas são investigados por desvio de recursos públicos por meio da distribuição de cestas básicas

21 ago 2024 - 09h48
(atualizado às 10h04)
Governador do Tocantins Wanderlei Barbosa.
Governador do Tocantins Wanderlei Barbosa.
Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quarta-feira, 21, uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos). A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e apura desvio de recursos públicos por meio de distribuição de cestas básicas durante a pandemia de covid-19.

Além de Wanderlei Barbosa, a primeira-dama Karynne Sotero e os filhos do governador, deputado Léo Barbosa (Republicanos) e Rérison Castro, também são alvos de buscas. Wanderlei era vice-governador na época do suposto esquema, entre 2020 e 2021.

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O governador era Mauro Carlesse (União Brasil), que acabou renunciado o cargo em 2022, após uma série de denúncias por corrupção.

Investigação aponta que era feito contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas, as quais receberiam a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado.
Foto: João Scheller/Estadão / Estadão

Segundo a PF, há fortes indícios da existência de um esquema montado entre os anos de 2020 e 2021, utilizando-se do estado de emergência em saúde pública e assistência social, para contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas. As empresas teriam recebido a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado.

São cumpridos 42 mandados de busca e apreensão em Tocantins e outras medidas cautelares patrimoniais, todas expedidas pelo STJ. Entre os outros alvos estão políticos e empresários. O objetivo é aprofundar investigações relacionadas ao pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas. 

A operação foi chamada de Fames-19 em referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de covid-19. Fames significa fome em latim e 19 faz alusão ao ano em que a doença foi descoberta. Os inquéritos tramitam sob sigilo no STJ.

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Fonte: Redação Terra
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