A avaliação ruim ou péssima do governo do presidente Jair Bolsonaro oscilou 1 ponto percentual para cima e atingiu a marca de 50%, um novo recorde registrado em levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) para a XP Investimentos, mostraram os números da pesquisa divulgados nesta quarta-feira.
De acordo com a sondagem, aqueles que consideram a gestão Bolsonaro ruim ou péssima foram de 49% no levantamento de 30 de abril para 50% agora. O percentual dos que consideram o governo ótimo ou bom foi de 27% na sondagem anterior para 25%, e o dos que consideram a gestão regular oscilou 1 ponto percentual para baixo, agora com 23%, ao passo que 2% não responderam, contra 1% na pesquisa anterior.
A pesquisa, realizada entre os dias 16 e 18 de maio, também apontou uma oscilação para cima na expectativa negativa para o restante do mandato de Bolsonaro, com 48% de ruim ou péssimo contra 46% no levantamento anterior. Os que acreditam que o restante da gestão será ótima ou boa são 27%, ante 30%, e os que apostam que será regular são 19%, ante 18%. O percentual dos que não responderam oscilou para 7%.
O levantamento ouviu 1 mil pessoas e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais.
A pesquisa também avaliou a gestão de Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus, e mostrou que o percentual dos que a veem como ruim ou péssima subiu de 54% para 58%, ao mesmo tempo em que a avaliação ótima ou boa oscilou de 23% para 21%.
O número dos que consideram a atuação do presidente como regular oscilou de 22% na sondagem de fim de abril para 19% para o mais recente dado.
A avaliação negativa do presidente é a pior entre todas as autoridades e instituições citadas. O Congresso Nacional, por exemplo, tem atuação vista como ruim ou péssima por 39% dos entrevistados, 40% consideram regular e outros 15% dizem ser ótima ou boa.
Para 54% dos entrevistados, a saída do ex-ministro da Saúde Nelson Teich tem impacto negativo. Outros 31% dizem não ter impacto para o país e ainda para 6% consideram ter impacto positivo.
Ao todo, 57% dos entrevistados dizem que o isolamento social deve durar até que o risco do novo coronavírus seja pequeno. Outros 14% consideram que deve durar até o final de maio; 11% até o final de junho; e outros 11% até o final de julho.