'Governo Bolsonaro será de centro-direita', diz Bebianno

Para o presidente do PSL e um dos principais assessores de campanha do militar reformado, partido terá maioria no Congresso

29 out 2018 - 00h11
(atualizado às 08h22)

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou na noite deste domingo, 28, que o futuro governo Jair Bolsonaro será de centro-direita e terá maioria no Congresso Nacional. Segundo Bebianno, um dos principais assessores de campanha de Bolsonaro, o PT ficará isolado na oposição.

"Teremos a maioria no Congresso, será um governo de centro-direita. O PT vai ficar isolado à esquerda, como sempre. Suas pautas são sempre negativas, sempre constrárias aos interesses do País. O amor do PT é pelo partido, não pelo Brasil", afirmou Bebianno, ao chegar ao hotel Windsor Barra, na zona oeste do Rio.

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O presidente do PSL, Gustavo Bebianno
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Bebianno comentou o telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o anúncio da eleição de Bolsonaro. "Foi um telefonema de cortesia, para dar os parabéns, desejar felicidades. É um sinal de proximidade com nosso grande parceiro comercial", disse o presidente do PSL.

O assessor de Bolsonaro reforçou que a transição de governo ficará cargo do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM), cotado para comandar a Casa Civil no futuro governo.

Segundo Bebianno, além de Trump, Bolsonaro recebeu um telefonema do presidente Michel Temer. O candidato do PT, Fernando Haddad, não ligou para o presidente eleito. "Haddad é petista, não costuma ligar para quem ganha", disse o presidente do PSL.

Mesmo com a vitória, Bebianno criticou o sistema eleitoral com base na urna eletrônica. Para o presidente do PSL, a margem de vitória foi maior do que realmente registrada. "A impressão do voto permitiria que houvesse uma transparência maior", afirmou Bebianno, para quem mudar o sistema poderá ser uma prioridade do futuro governo.

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Bebianno disse ainda que não está confirmado como ministro da Justiça de Bolsonaro. Ele afirmou que há "bons nomes" sendo cogitados para o cargo, como a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon e o juiz federal Sérgio Moro. Segundo ele, Moro pode ser indicado também para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) "mais para frente".

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