Governo já tem pedido sobre Eduardo para enviar aos EUA

Pedido de agrément é um documento diplomático pelo qual um país solicita a outro que concorde com a indicação de um embaixador

16 jul 2019 - 19h20
(atualizado às 19h38)

O Ministério das Relações Exteriores já tem pronta uma minuta do pedido de agrément a ser enviado ao governo dos Estados Unidos para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) assuma a embaixada brasileira em Washington, disse nesta terça-feira (16) o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros.

Deputo Eduardo Bolsonaro
28/03/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Deputo Eduardo Bolsonaro 28/03/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

"O que sabemos de momento é que o Ministério das Relações Exteriores já possui uma minuta da solicitação do agrément para o deputado Eduardo Bolsonaro e, a partir da confirmação, da firma, desse agrément, outros aspectos, outras ações haverão de ser desenvolvidas para a consecução e, por fim, a ida do deputado Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos como nosso embaixador", disse o porta-voz durante briefing à imprensa.

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O pedido de agrément é um documento diplomático pelo qual um país solicita a outro que concorde com a indicação de um embaixador que atuará na segunda nação representando a primeira.

Além do agrément, Eduardo, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, terá de ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e ter sua indicação aprovada pelo colegiado e pelo plenário da Casa, caso a indicação para embaixador em Washington seja oficializada.

Mais cedo, Bolsonaro voltou a comentar a escolha do filho como representante brasileiro nos EUA e disse que, de sua parte, a indicação já está definida.

ACORDOS COMERCIAIS

Rêgo Barros disse ainda que Bolsonaro, que nesta semana assumirá a presidência temporária do Mercosul durante reunião de cúpula do bloco na Argentina, vai propor a busca de novos acordos de livre comércio - como o recentemente fechado com a União Europeia - com países como os Estados Unidos.

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"O presidente vai assumir pro-tempore a presidência do Mercosul e normalmente quando um país assume a presidência, ele propõe a sua agenda de ações que devem ser perseguidas ao longo desse período", disse o porta-voz.

"No caso do Brasil, nós haveremos de perseguir... é a busca - a partir desse belo acordo que foi conformado entre o Mercosul e a União Europeia - abrirmos o mercado do Mercosul em direção a outros grandes países ou blocos, como Estados Unidos, Canadá, Coreia e tantos outros."

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