O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou dezenas de militares que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada. As dispensas estão em portarias publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira, 17.
Segundo portarias da Secretaria-Geral da Presidência da República, os militares estão dispensados desde o dia 13 de janeiro. A publicação não menciona o motivo, apenas anuncia a decisão.
"Os militares a seguir relacionados, da Gratificação de Representação de Especialista, GR-II, da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais da Diretoria de Apoio às Residências Oficiais da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, a contar de 13 de janeiro de 2023", diz.
A data da dispensa chama atenção. Pouco mais de uma semana do dia 13, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, mostrou danos encontrados no Palácio da Alvorada, em Brasília, em entrevista concedida à GloboNews.
Janja mostrou tapetes e sofás rasgados, piso danificado, infiltração, ausência de móveis e de obras de arte, que não foram encontrados no local e ainda não foram localizados.
"O que a gente percebe é que não teve cuidado, não teve manutenção", declarou a primeira-dama na ocasião.
No Palácio, também foram encontrados objetos do ex-presidente Jair Bolsonaro, como uma caneta Bic, que estava sobre a mesa da biblioteca oficial, equipamentos de vídeo utilizados para as famosas lives do ex-mandatário, peças de roupas de Michele Bolsonaro e até um cilindro de oxigênio, que foi encontrado no quarto principal do Palácio, que costuma ser ocupado pelo presidente.
Janja também relatou que roupas femininas foram encontradas no closet do quarto. Imagens de câmeras de segurança mostram, segundo ela, que uma pessoa entrou no local e retirou essas peças.