Governo planejava esconder imagens em que chefe do GSI aparece com golpistas

Planalto negou pelo menos oito pedidos de acesso às imagens do dia da invasão

21 abr 2023 - 18h24
Uma das câmeras registrou o então ministro do GSI general Gonçalves Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos extremistas
Uma das câmeras registrou o então ministro do GSI general Gonçalves Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos extremistas
Foto: Reprodução: Redes Sociais

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) queria manter em sigilo por cinco anos as cenas captadas do circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, quando o prédio foi invadido e depredado por golpistas. 

Segundo o Estadão, o governo negou pelo menos oito pedidos de acesso às imagens do dia da invasão. Para impedir a divulgação das imagens, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) chegou a classificar as informações como “reservadas”, o que pela Lei de Acesso à Informação asseguraria a proteção dos dados até 2028.

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No entanto, o processo de classificação foi feito só depois que os pedidos de acesso às gravações já tinham sido apresentados ao governo. No dia 1 de fevereiro, o GSI emitiu um Termo de Classificação de Informação (TCI) impondo o grau de “reservado” a todas as imagens do circuito interno do Planalto.

O processo foi feito às pressas e continha um erro. O termo incluiu a proteção somente às imagens gravadas a partir de fevereiro, o que deixaria as gravações de 8 de janeiro como de acesso público. 

Quando a Controladoria Geral da União (CGU) recebeu dois pedidos para que a decisão do Planalto fosse revista e as imagens liberadas, o GSI foi consultado sobre o assunto. Foi então que o GSI correu para corrigir o erro na classificação do sigilo, retroagindo a proteção para 1 de janeiro de 2023.

Gravação 

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Uma das câmeras registrou o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos extremistas.

Esta semana, Dias pediu demissão do cargo após a revelação das imagens pela CNN. O general alega que apenas indicou que os invasores deveriam ir para o segundo andar do prédio, onde seriam detidos por tropas do Exército. 

Fonte: Redação Terra
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