"Ô Cunha, pode esperar: a sua hora vai chegar ". Com gritos de guerra como esse, um grupo de jovens do coletivo Juntos organizou uma "recepção" ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em um hotel da zona sul de São Paulo.
Cunha é o convidado de um almoço com empresários organizado pelo grupo Lide. À tarde, às 16h, o peemedebista tem reunião fechada com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista).
"Não vamos aceitar nenhum retrocesso, querermos mais educação e direitos. O deputado Cunha, além de ser homofóbico e racista, é também corrupto", disse a estudante Camila Souza, de 24 anos, uma das porta-vozes do coletivo. De acordo com ela, o grupo vai atrás de Cunha, para protestar contra ele, "aonde ele for".
Nas faixas, os jovens - a maioria, vinculada ao PSOL - protestavam contra a redução da maioridade penal, uma das bandeiras consideradas conservadoras que Cunha defende na Câmara.
O coletivo defendeu ainda que o peemedebista se afaste da Presidência, já que foi denunciado por um delator na operação Lava Jato como suposto beneficiário de propina de R$ 5 milhões. Cunha nega a acusação.