O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quinta-feira, 29, que a pasta comandada por ele no governo de Jair Bolsonaro terá seis secretarias especiais, cada uma delas com suas próprias secretarias para tocar áreas específicas. Guedes afirmou também que pretende cortar de 20% a 30% dos cargos comissionados que ficarão ligados ao Ministério da Economia.
A pasta terá uma Secretaria de Fazenda, para a qual Guedes disse que Waldery Rodrigues Junior é um "bom nome", embora não o tenha confirmado no cargo. Rodrigues Junior é hoje coordenador-geral na atual Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Também haverá uma Secretaria de Planejamento. Guedes elogiou o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago, e disse que seria um bom nome, mas não confirmou se ele permanecerá no novo governo. Outros nomes também estão sendo avaliados.
Para a Secretaria de Previdência e Receita Federal, o futuro ministro confirmou a nomeação do economista Marcos Cintra. Essa secretaria vai abarcar a atual estrutura da Receita Federal, mas Guedes não deu certeza sobre a permanência do atual secretário do Fisco, Jorge Rachid.
A Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais será comandada pelo economista Marcos Troyjo. Um dos focos desse órgão será tratar da abertura da economia. A Secretaria de Desestatização e Desmobilização, por sua vez, será ocupada pelo empresário Salim Mattar - cuja indicação já havia sido anunciada pelo futuro ministro.
A sexta secretaria será a de Competitividade e Produtividade. Guedes afirmou que o economista Carlos da Costa é o cotado para o posto.
O futuro ministro disse também que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) ficará ligada ao Ministério da Economia.
Guedes informou ainda que vai convidar outros "Chicago Oldies" para compor seu ministério - em referência ao apelido de "Chicago Boys" dado aos egressos da universidade que é o berço do pensamento econômico liberal. Segundo o futuro ministro, a ideia é que haja dois "enviados especiais" para ajudar a desenvolver a política econômica que ele está desenhando, um mais ligado a temas da Europa, e outro, da China.
O futuro ministro confirmou também que o economista e ex-diretor do Banco Central Carlos Hamilton foi convidado pelo futuro presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para compor a diretoria do banco.