Há exatos 25 anos, o atual senador reeleito pelo PTB de Alagoas, Fernando Collor de Mello, era eleito presidente da República, na primeira eleição direta do País depois do regime militar. Para comemorar a data, Collor escreveu um artigo que foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira.
No texto, o senador e ex-presidente se diz honrado pela conquista. "Será sempre motivo de honra e orgulho para mim ter me sagrado vencedor, tanto no 1º como no 2º turno, daquele histórico pleito", afirma.
De acordo com Collor, o processo de redemocratização do País durou uma década, começando com a Lei da Anistia e indo até as eleições de 1989.
No segundo turno daquele pleito, Collor disputou a Presidência da República contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, o senador fazia parte do PRN e largou com uma boa vantagem sobre Lula, conquistando 57% das intenções de voto, sobre 43% do opositor, na primeira pesquisa Ibope. Collor venceu as eleições com 35.089.998 votos (49,94%).
No texto publicado na Folha, Collor cita também as eleições de 2014. Para ele, em outubro deste ano, o Brasil provou que deixou de ser uma "República de frequentes instabilidades políticas e alguns espasmos democráticos, para ser hoje uma nação em que os períodos discricionários passaram a ser exceção".
Collor defende ainda que o País tem muito o que evoluir em questão institucional. Sobre isso, cita o pensador Benjamin Constant, que defende que o problema não é a divisão dos Poderes, mas a quantidade de poder que se deve dividir entre eles. Além disso, o senador defende que o poder deve ser dividido com a sociedade.