O percentual da população que considera o governo Dilma Rousseff como ótimo ou bom recuou de 36%, registrado em março, para 31% neste mês, revela pesquisa do Instituto Ibope, contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa foi realizada nos dias 13 e 15 de junho, logo após a abertura da Copa do Mundo, na qual Dilma foi hostilizada.
Já o percentual dos entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo atingiu seu percentual mais elevado, com 33%. Para efeitos de comparação, na pesquisa CNI/Ibope de julho do ano passado, logo após a onda de manifestações que derrubaram a popularidade de Dilma, eram 31% os que consideravam o governo ruim ou péssimo.
A piora na avaliação do governo foi maior nas regiões Sul (queda de 11 pontos percentuais) e Norte/Centro-Oeste (queda de 10 p.p.). A região Nordeste, por sua vez, apresenta o maior percentual de aprovação, com 42% de avaliação "ótimo" ou "bom". Quando comparado o nível de educação formal, os eleitores que cursaram até a 4ª série do Ensino Fundamental aprovam mais o governo (44%) do que os que cursaram ensino superior (22%).
A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o Protocolo BR-00171/2014.
Aprovação pessoal de Dilma segue caindo
A aprovação da maneira de governar de Dilma Rousseff também apresentou recuo, segundo a sondagem do Instituto Ibope contratado pela CNI. Desde novembro do ano passado, a tendência de aprovação é de queda: 56% em novembro; 51%, em março deste ano; e, 44% na última pesquisa de junho.
Pela segunda vez na série, desde que Dilma tomou posse, em janeiro de 2011, o índice de desaprovação da maneira de governar da presidente é superior à aprovação. Metade dos entrevistados não aprova a maneira de Dilma conduzir o governo. Na pesquisa de julho do ano passado, os que desaprovavam o governo era de 49% contra 45% que aprovavam. Em todos os demais levantamentos, a taxa de aprovação foi superior.
Em todas as áreas de atuação, a maioria dos entrevistados desaprovam o governo. As rejeições são principais nas áreas de saúde (78%), segurança pública (75%), combate à inflação (71%), taxa de juros (70%) e impostos (77%). Mesmo na área social, que é vitrine do governo, o percentual de respondentes que reprovam é superior aos que aprovam a condução do governo. No caso do combate à fome e à miséria, 53% dos respondentes reprovam, contra 41% que aprovam. Já o combate ao desemprego tem taxa de desaprovação de 57%, contra 37% que aprovam.